Dizei-me
Dizei-me
Por favor.
Fala-me
Diga-me
grite
com fervor
E agora meu Deus
E agora Javé
E agora Jeová
Mãe terra
Mãe Terra
Venha abençoar
O amor se perdeu
O amor que restou
onde está?
onde está?
Saberíamos bem
Saberíamos ouvir
Aprendemos a cuidar
Aprendemos a matar
E agora José,
E agora João
Maria, onde está?
E agora Tereza?
E agora?
Perdeu-se a paz por aqui
Perdida não soube voltar
E agora
Crianças Perdidas
Sem proteção
Mais massacradas
Mais iludidas
Perdidas
Sem proteção.
Querem prender as crianças
Querem prender a esperança
E pra isso detém o poder
O poder de viver
O poder de curar
A vida desejam matar
E agora irmão?
E agora irmã?
O que podemos fazer?
Se não somos irmãos
Perdidos
Seremos o quê?
São as crianças desta
nação sem noção
que pagam o preço do pão
E o mensalão corre solto
E o helicóptero voa e
transborda ambição.
E as crianças são presas
Perdidas, sem sobremesa
Mãe e pai não tem não
Não vá dizer que é fácil
Não vá dizer que é justiça
A justiça nasce da contradição
E agora?
E agora?
Diz agora?
Enquanto a escola doente
Professor não ensina
Família delinquente
E agora
Vem dizer que a justiça
Pode prender o menor
O menor já está preso
Encarcerado na vida
Sem justiça,
Sem família,
Sem amor
O Estado que mata
Que rouba e condena
Não há justiça, só há dor
Históricamente
Se vê a desgraça
De um país condenado
À dura repartição
Dos bens à deriva
Na visão distorcida
Ricos + ricos ainda
E pro pobre o que resta?
Uma saúde excludente
Educação pra aturar o patrão.
E agora?
E agora?
E agora?
Um sistema prisional
………….maltratado
Crianças refém do Estado.
O Estado que mata
e condena o menor
E agora José?
E agora João?
Maria inteceda por nós
Para o menor não
……….morrer
Na cela da opressão
Se vingue e nos dê
…………..sua mão.
Não venha dizer que o
menor já matou
O menor já morreu também.
O menor já sangrou também
Não venha dizer que
Tem opinião formada
E que obtém a razão
A razão é de quem?
Opinião se/te forma e deforma.
O menor já morreu
Quem foi que o matou?
Em vida
Sociedade mesquinha
Danifica o menor e o maior.
Shiva
Krishna
Buda
Alá
Jesus
Maria
Maria Madalena
Aos mortos e vivos dessa terra
Por todas as nações perdidas
Desesperadas, maltratadas
Dizimadas
Nações indígenas, africanas
tupi-guarani
aos incas, os maias e os astecas
Oh mãe
Xangô
Yemanjá
Oxalá
Oxum
Yorubá
Salve Salve
Os filhos dessa terra
Absolva-os da lei dos homens maus
Proteja as crianças
Proteja a esperança
“Jesus protege as criancinhas”
As criancinhas estão perdidas
E estrupadas
Envenenadas
pela nação sem noção
Não vão dizer que são homens formados
Porque estão nas ruas descalço
Matando, roubando, furtando
Que foi que permitiu?
Quem foi que encobriu?
E agora tacar meninos na cela
Para aprenderem como é a dor
Mas a dor que já sentem
Já é horror…
E agora?
E agora?
E agora?
E agora?
E agora?
E agora?
Enquanto isso tem senador
deputado
vereador
governador
prefeito
que agradece os militares
pelo golve civil militar
no Brasil
Salvaram o “país” do comunismo.
Comunismo!?
O que é?
Não mais crianças largadas na rua à deriva
Nada de fome e miséria.
(…) (continua…)
Uma canção, ponto, hino, chamamento de esperança
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🙂 Obrigada pela leitura!
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Reblogged this on FALA ABERTA.
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