Month: December 2016
“Ladra de Letras”
Não devo nada pra ninguém
Sou ladrona.
Um embaraço e
uma
desrazão.
Um verso poético
e uma vibe
hipotética.
♋
Canceriana sem lei.
Não há lei que me regulamenta.
♋
◎
Eu poderia dizer pra você
toda agonia que sinto
não dá pra saber
Sensação de horror
O que restou?
Na desesperança e
no desespero.
O que encontrou?
O que foi que restou?
Além dos desvios das águas
Além dos desvios das águas
assistimos também
a um descaso total
com as matas ciliares.
Um avanço geral dos pastos,
monoculturas, pedreiras,
desmatamento das margens
degradação, poluição por esgotos
“Pertencimento/ posse/ propriedade das nascentes“
Construções irregulares nos leitos
Domínio do bem coletivo dos rios
Massacre das águas,
Tristeza do solo.
Nossa percepção é cruel.
Os organismos institucionais que
deveriam parar/ barrar essa destruição
Não se movem.
Seres humanos a questionar
Sobre a vida que corre e alimenta de vida.
Acho que no fundo mesmo
Você não me compreende.
Não entende o que eu falo.
Está ausente
ზ
Eu tenho um trabalho
considerável
Em relação a essas
montanhas.
Um trabalho espiritual.
Latinoamérica
“Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor
Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha alegria
Não se pode comprar minhas dores.”