Agarrei-me a minha dor
E ela não me deixa em paz
Teima em permanecer aqui
Mas sou eu que não a deixo ir.

Por que?
Por que insisto em permanecer doer
O que eu não quero mais pra mim
E não consigo fazer sumir
Por que?

Se então minha lembrança dói
Daqueles dias
Daquelas horas
Aquelas palavras
Datas
Lembradas
Escritas
Malditas.

Por que não esquecer?

Previsão do tempo: A união de poderes.

Previsão do tempo:
A união de poderes.

O céu e o mar unidos em comunhão
Resolveram dar festa eterna na terra
Chamaram a lua pra passear nessa
atmosfera suave.
Brilhante ela vinha todos os dias
Tinha dia que se escondia
Tinha dia que fininha aparecia
Outros dias ela parecia bem cheinha
Toda dourada ela vinha
Esbranquiçada sorria
Iluminada existia/ Resistia fiel.

O céu e o mar com toda cautela
Convidaram o sol pra passear em amores
E ele sorriu apressado.
Já revoltado com as dores. Quem diria!?
Mas o sol saindo contente, de repente
apareceu às montanhas
Para mais um dia aquecer
E brilhar para o céu e o mar
E esta união abençoar.
Iluminando ele ia, o dia todo, todo dia.
Às vezes saía pra decansar,
Repousar em seu sono profundo
Mas mantinha-se sempre acordado
sempre alerta.

O céu e o mar já tão felizes
Pediram ao vento para fazer presença
E mandar seu território.
Espalhar as sementes que voarão.
O vento disse com firmeza
— Claro que sim, meus irmãos.
Estarei aqui para sorrir pra vocês.
Ondular e fazer rajar.
Renovar e fazer agitar.
Trazer novas nuances e os refrescar.

Com toda sabedoria do céu e do mar
Esses dias tão perfeitos.
Com altas intensidades
A dimensão voraz da natureza
Vociferando tamanha beleza
Nesta companhia agradável
Rodeados por amigos sinceros e
protetores.

O céu e o mar. O vento, o sol e o luar.